terça-feira, 24 de julho de 2012

Pela criação do Conselho Municipal de Transportes

Uma das propostas do nosso futuro mandato é a criação do Conselho Municipal de Transportes. Pelo Conselho passariam as discussões de todos os temas da mobilidade de nossa capital. O trânsito hoje em BH é um dos grandes problemas de nossa cidade. A atual administração conseguiu destruir o que havia de participação democrática nas decisões do transporte público, acabou com as reuniões das comissões regionais de transporte e trânsito e também com a Comissão Municipal de Transporte e Trânsito.
Hoje as decisões são tomadas apenas em gabinetes, exemplo disso foram as intervenções para a Copa do Mundo como os chamados BRTs que serão implantados apenas para beneficiar as grandes empresas de transporte sem nenhuma discussão com a população. Todos os que atuam na área que a solução para o tranporte público com qualidade seria a verdadeira implantação do Metrô em BH.
Vamos lutar por isso!

Para reflexão, leia abaixo matéria veiculada no Blog do Marco Aurélio Rocha em 04 de outubro de 2011:

Metrô de BH: O mais caro do mundo?

Os jornais de hoje trazem matérias sobre as obras de expansão do Metrô de Belo Horizonte, inclusive propaganda da PBH sobre o assunto.

O governo federal durante a última visita da presidenta Dilma a BH, anunciou a liberação de R$ 1 bilhão do Orçamento da União para as obras de ampliação.


Segundo informações de matéria do jornal Hoje em Dia, Lacerda esteve ontem em Brasília no Ministério do Planejamento para “conhecer detalhadamente os projetos desenvolvidos pela CBTU em todo o país” e o montante liberado chegaria a R$ 3,16 bilhões. No site do Ministério do Planejamento não tem nenhuma notícia sobre a visita do prefeito, mas sim uma visita de uma missão do BID para conhecer o PAC em detalhes. Será que ele pegou carona no evento do BID? Tomara que tenha se deslocado por vôo comercial...

A propaganda da PBH publicada no jornal O Tempo de hoje diz que serão “quase 2 bilhões de reais
para a ampliação da linha 1 e a construção das linhas 2 e 3”.

Caro internauta, os últimos capítulos da novela Metrô de BH estão com informações bastante desencontradas, os números não batem de jeito nenhum.

Cada vez fica mais claro para este blogueiro que este modelo de Metrô, com as características geográficas, topográficas e geológicas de nosso Estado, é inviável para Belo Horizonte.

Segundo fontes deste blog e geólogos consultados, a linha 3 por exemplo, que no site da CBTU ainda consta como tendo seu início na Barragem da Pampulha indo até a Savassi, mas que nas informações da PBH será da Lagoinha até a Savassi, num total de cerca de 4 km, por meio de túneis subterrâneos, é totalmente inviável. Através de sondagens feitas e afirmações dos especialistas o caminho que o metrô teria que percorrer da Lagoinha até a Savassi, é todo compreendido de rochas, água e minério numa profundidade de no mínimo 100 metros.

Em se confirmando os estudos dos geólogos, aí que os números da verba destinada para o metrô, é que não fecham a conta mesmo!

Não adianta querer importar o modelo de metrôs europeus para BH, o solo europeu é completamente diverso do nosso, a começar da imensa quantidade dos nossos recursos hídricos.

A média histórica mundial para a execução de linhas de metrô, é em torno de R$ 150 milhões por Km, em São Paulo a média por km é de 100 milhões de dólares. A linha 3 do Metrô de BH nas condições descritas, para escavar pura rocha, água e minério, chegaria ao preço absurdo e astronômico de R$ 1 bilhão por km, levando o trecho Lagoinha/Savassi nos seus 4 km a um total de R$ 4 bilhões! Seria o metrô mais caro do mundo!

Estamos no início do século 21, é inconcebível que com toda a tecnologia de nosso século, ainda estarmos prisioneiros de uma tecnologia do século 19. Quem sabe a proposta do “aerometrô” chinês não seria a solução para Belo Horizonte?


 
Minas Gerais e Belo Horizonte não precisam do metrô mais caro do mundo, precisamos sim, de uma mobilidade urbana com mais qualidade.

Por Marco Aurélio Rocha

Patrus parte para o ataque contra Lacerda


Daniel Camargos -
Publicação: 24/07/2012 08:13 Atualização: 24/07/2012 08:43

 
O candidato a prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias (PT) deixou nessa segunda-feira a postura pacífica de lado e partiu para o ataque contra o atual prefeito e candidato a reeleição, Marcio Lacerda (PSB), criticando a sua gestão. “A saúde em Belo Horizonte está muito mal. Retrocedeu nos últimos anos”, afirmou, sem no entanto mencionar o fato de que o seu partido ainda participa da administração da capital com mais de 900 cargos comissionados. Na verdade, Patrus escolhe a saúde para suas primeiras investidas contra Lacerda porque é uma área comandada pelo PSDB. O candidato petista disse que a gestão de Lacerda não construiu duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) combinadas no Orçamento Participativo (OP), uma na região Leste e outra na Oeste. Outra acusação é que 100 unidades do Programa Saúde da Família (PSF) estão sem médicos.

As declarações foram feitas nessa segunda-feira de manhã, em encontro com filiados da União Geral dos Trabalhadores (UGT), entidade sindical ligada ao PSD. O presidente da UGT em Minas Gerais, deputado federal Ademir Camilo (PSD), disse que a organização ainda não definiu qual candidato vai apoiar, mas que ele está fechado com Patrus, assim como o presidente nacional da legenda, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab – responsável por rachar o partido em Belo Horizonte ao fazer uma intervenção na direção municipal, que escolhera apoiar Lacerda. Kassab já sofreu duas derrotas na Justiça Eleitoral, que confirmou a aliança do PSD de BH com o atual prefeito.

Nessa segunda-feira, Patrus repetiu a tática, que deve ser padrão em toda a campanha, de destacar o que fez quando governou Belo Horizonte, entre 1993 e 1996. Patrus destacou que foi pioneiro ao criar as UPAs na cidade, que depois foram implantadas pelo governo federal. Iniciou também os atendimentos de resgate pioneiros do Samu e triplicou a capacidade de atendimento do Hospital Odilon Behrens.

Além da saúde, Patrus criticou a mobilidade urbana e a cultura. “Querem tirar a cultura das ruas e praças de BH”, disse Patrus. Ao falar para sindicalistas, principalmente rodoviários e comerciários, o candidato prometeu diálogo com as categorias. Afirmou que não vai interferir em greves. “Como advogado trabalhista considero fundamental que os direitos sejam rigorosamente respeitados”, afirma. “O trabalho deve prevalecer sobre o capital.”

O candidato destacou, mais uma vez, o OP, criado em sua gestão, e disse que faltou a participação das centrais sindicais e dos sindicalistas. Patrus, entretanto, fez questão de ressaltar que as críticas à administração de Lacerda não têm caráter pessoal. “É uma questão de conteúdo. Tudo que é bom vai ser mantido e ampliado”, promete o candidato, que reconheceu os méritos da administração o socialista na questão da educação.

ENCONTRO Ademir Camilo explicou que todos os candidatos foram convidados para o encontro com os sindicalistas. Antes de Patrus, falaram Tadeu Martins (PPL) e Vanessa Portugal (PSTU). “Lacerda já tinha um encontro com outras entidades sindicais e enviou uma carta explicando que não poderia vir”, disse Camilo. A decisão sobre quem receberá o apoio oficial da UGT-MG sairá na segunda-feira.

Ontem à noite, Patrus participou da primeira plenária da campanha nas regionais. Ele se encontrou com lideranças e moradores do Barreiro para discutir as demandas e compromissos para a região.

Outro lado

Ao tomar conhecimento dos ataques feitos pelo candidato Patrus Ananias (PT), a coligação que apoia a reeleição de Marcio Lacerda reconhece, em nota, que ainda há muito a fazer, mas que é importante esclarecer que o quadro melhorou nos últimos anos. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, Belo Horizonte apresentou o melhor índice de desempenho do Sistema Único de Saúde (SUS) entre cidades com população superior a 2 milhões de habitantes. Além disso, lembra que o governo Lacerda recebeu grande quantidade de obras do Orçamento Participativo atrasadas, “fato que é de conhecimento amplo”. A nota informa também que o número de equipes do Programa de Saúde da Família cresceu na atual administração, saindo de 513, em 2009, para 579 em 2012.
 

domingo, 22 de julho de 2012

Campanhas Patrus e Gonzaguinha vão as ruas do Cabana

Neste domingo nossa campanha à CMBH saiu às ruas do Cabana gastando as "solas do sapato" junto aos eleitores pedindo o apoio para nossa eleição e de Patrus Ananias à Prefeitura de Belo Horizonte.
Fomos muito bem acolhidos e nossa mensagem bem recebida por todos que abordamos na caminhada.
É como diz nosso slogan de campanha: BH devia ser bem melhor e será.




Confira também reportagem do portal O Tempo:

Patrus Ananias faz campanha no Bairro Cabana do Pai Tomás
22/07/2012 15h45
GUILHERME COSTA REIS
Siga em: twitter.com/OTEMPOonline


Na manhã deste domingo, os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte Patrus Ananias (PT) e o vice Aloísio Vasconcelos (PMDB) fizeram corpo a corpo no Bairro Cabana do Pai Tomás, região Oeste de BH.

FOTO: CRISTIANO TRAD/ OTEMPO
Patrus faz corpo a corpo no bairro Cabana do Pai Tomás

Patrus e Aloísio aproveitaram o evento para aproximarem-se dos moradores do local. Este foi o quinto ato público da campanha de Patrus. Nas outras ocasiões, os lugares escolhidos também foram em bairros e regiões periféricas da cidade, onde a população é mais carente.

Durante o corpo a corpo, Patrus declarou que "que está atento às necessidades dos bairros mais pobres".

Unidos somos mais

E-mail Imprimir PDF
xo tubarao_pretoNossa campanha pela reintegração dos demitidos da Cemig e em defesa do nosso emprego será permanente. Nas reuniões setoriais que o Sindieletro vem realizando nos locais de trabalho, a participação da categoria tem sido exemplar. Também contamos com o apoio dos deputados estaduais, movimentos sindicais e sociais.

Agora chegou o momento para mostrarmos mais engajamento. Vestir a camisa da campanha é fundamental para ampliar essa luta, que é de todos eletricitários e todas as eletricitárias.

Esta semana faz 50 dias que a direção da empresa iniciou um processo sumário de demissões na empresa. Demissões ilegais, sem justificativas, sem direito a defesa, demissões por perseguições políticas. A Cemig demitiu de forma ilegal os trabalhadores com estabilidade sindical e membros da Cipa. Demitiu trabalhadores que participavam ativamente da campanha salarial na Cemig S.

As perseguições começaram três dias depois da Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa debater as relações trabalhistas na Cemig. As demissões foram injustificadas e covardes, pois os trabalhadores não tiveram nenhum direito de defesa, não existiu nenhuma comissão de investigação, e nem sequer advertências anteriores.

Os trabalhadores denunciavam o descumprimento da NR 10 e condições de saúde e segurança, além de buscarem na Justiça o direito de receber o adicional de periculosidade.

A Cemig demitiu para espalhar o medo, com a intenção de intimidar e coagir os trabalhadores e membros de Cipa. Ela tenta esconder as denúncias de que é a empresa com o maior índice de acidentes fatais com trabalhadores no setor elétrico do Brasil, com a média de uma morte a cada 45 dias, sendo que em 2012 já ocorreram duas mortes e dois trabalhadores mutilados.

Uma atitude irresponsável de espalhar o medo, que só aumenta a tensão nos locais de trabalho e o risco de acidentes, que já é muito alto. Atitude irresponsável de uma empresa que já foi condenada por coagir trabalhador a tirar ação da Justiça e teve que pagar 960 mil reais pela coação. Mas insiste na impunidade e publica um informativo autoritário, ameaçando de demissão os trabalhadores que buscarem seus direitos na Justiça.

Para nós, só uma gestão focada apenas no mercado e nos acionistas pode usar o lucro de uma estatal para violar o direito constitucional da estabilidade no emprego. Que em vez de mobilizar os eletricitários pela saúde e segurança dos trabalhadores e da população, prefere elaborar uma avaliação de desempenho que classifica obrigatoriamente 10% dos empregados como abaixo do desempenho.

Tudo isso representa atitudes autoritárias, uma perseguição para tentar calar quem levanta a voz na Cemig por dignidade na empresa. De chamar a polícia para os dirigentes sindicais em vez do diálogo. Atitudes de quem só pensa no lucro, não nas pessoas.

Mas a liberdade, o direito à justiça e a voz dos trabalhadores não vão ser cassados em Minas. A mobilização segue forte. Os eletricitários, movimento sindical e os líderes de todos os partidos na Assembleia Legislativa cobram da direção da Cemig o cancelamento das demissões e o respeito aos trabalhadores. Vamos vestir a camisa pela reintegração dos trabalhadores e pela defesa do emprego na Cemig.

Fonte: SINDIELETROMG

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Reintegração já!




Cidade Administrativa_VA_20120717 005_640x427Ato na Cidade Administrativa cobra do governador Antônio Anastasia abertura de diálogo na negociação para reintegrar os eletricitários demitidos arbitrariamente pela Cemig.
Na manhã desta terça-feira (17), das 7h às 10h30, o Sindieletro realizou um ato nas entradas dos prédios “Minas” e “Gerais” da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, em protesto contra as demissões arbitrárias realizadas pela gestão da Cemig.
Muitos trabalhadores que chegavam para mais um dia de trabalho apoiaram a luta dos eletricitários. “É isso aí!”, gritou uma trabalhadora ao receber um panfleto. “Aqui também estão demitindo. É uma vergonha essa conta da Cemig”, disse outra trabalhadora ao passar por uma das faixas abertas na entrada do pátio.r
O ato teve apoio de entidades dos movimentos sindical e social de Minas Gerais.
Início com repressão
O início do movimento foi marcado pela repressão da Polícia Militar, que não autorizou a panfletagem e o empunho de faixas durante o movimento. Somente após muita negociação foi liberada a panfletagem e a abertura de faixas.

Carta aberta ao governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia

Cemig demite trabalhadores concursados, membros de CIPA e dirigente sindical. A Cemig demitiu nos últimos meses, sem justificativa, 19 eletricitários da Cemig Serviços, todos concursados. Também foram dispensados, em junho, sem motivo, quatro trabalhadores, três da Cemig D e um da Cemig GT, todos com estabilidade, por serem membros de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ou dirigente sindical.

Para o Sindieletro-MG, ao promover perseguição política, a gestão da Cemig revive um dos períodos mais tristes da história recente brasileira. A empresa tenta espalhar o medo para coagir trabalhadores que estão na Justiça na busca de seus direitos.

As demissões de eletricitários reconhecidos como lideranças da categoria visam espalhar o medo e o terror entre os trabalhadores. A empresa realiza uma caça implacável aos eletricitários que lutaram e participaram de mobilizações por melhores condições de trabalho. Inclusive, participaram da Audiência Pública que debateu as relações de trabalho da Cemig, no último dia 29 de maio, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Denunciamos ao governador essa atitude irresponsável da direção da Cemig de espalhar o medo na categoria eletricitária, que aumenta a tensão nos locais de trabalho e o risco de acidentes, que já têm números muito altos. Atitude irresponsável de uma empresa que foi condenada por coagir trabalhador a tirar ação da Justiça e teve que pagar 960 mil reais pela coação.

Solicitamos ao governador do Estado de Minas Gerais abertura do diálogo para tratarmos das
demissões. É um assunto fundamental para os trabalhadores e para a população mineira.

 Sindieletro-MG  • FNU  • CUT/MG

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Fonte: SINDIELETROMG

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Consumimos 20% de todo veneno mundial


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f120712hortaO país que foi sede mundial do debate sobre a sustentabilidade esforça para se livrar de um título incômodo: o de campeão do planeta no uso de agrotóxico. Antes mesmo da Rio + 20, movimentos populares, ambientais e sindicais debatiam a insustentabilidade de nossa agricultura, marcada pelo latifúndio e  monocultura, que associam insumos transgênicos ao abuso do agrotóxico.

Os debates mostram a necessidade de novas leis, mais fiscalização e punições para infratores e incentivos para que o país, considerado celeiro do mundo, produza e exporte alimentos saudáveis.
Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que o Brasil consome 20% de todos os pesticidas e herbicidas comercializados no mundo. Sozinhos, usamos 80% dos venenos químicos vendidos na América Latina. Especialistas em saúde coletiva alertam que agrotóxicos podem causar doenças como câncer, má formação congênita e diabetes.

Em 2010, foram registrados mais de 8 mil casos de intoxicação provocados diretamente por agrotóxico. A maioria das vítimas é de trabalhadores que lidam com o produto químico pelo método aéreo de fertilização, proibido na União Européia, mas ainda usado no Brasil.

O agrotóxico também faz vítimas pela presença nos alimentos. Dados da Anvisa, de 2010, mostram que o pimentão, o morango e o pepino lideram o ranking dos alimentos contaminados. A alface e a cenoura também apresentaram elevados índices de contaminação. Como não há técnicas seguras para retirar os resíduos de agrotóxicos no preparo dos alimentos, é fundamental produzir itens mais saudáveis.

Restrições no mundo e tolerância no Brasil

A importação de agrotóxicos pela agricultura brasileira cresce junto com as restrições ao uso do veneno no resto do mundo. O engenheiro agrônomo e coordenador do Grupo Ação Ambiental Guaxinin, Zenaido Lima da Fonseca, destaca que a soja e o café são exemplos de alimentos produzidos no país, em grande escala,  com agrotóxicos proibidos em outros países.

O controle dos defensivos agrícolas, que deveria ser feito pelos órgãos estaduais e federais, é frágil, o que estimula o comércio milionário dos venenos químicos no Brasil, um exagero que atende, principalmente, o agronegócio. Fazendeiros que, na década de 1960 foram incentivados pelos governos militares a infestarem as lavouras de herbicidas e pesticidas químicos, resistem, até hoje, em mudar o modelo de produção.

O lobby de ruralistas no Congresso Nacional é associado, por ambientalistas, à demora mortal do país em  proibir um fertilizante ou pesticida. A retirada do endossulfam do mercado brasileiro, por exemplo, foi definida pela Anvisa em 2010, mas o comércio do produto só será  banido em 2013.

Desemprego e destruição ambiental

A matriz do agronegócio no Brasil prevê investimento de  4% com mão-de-obra e 15% em agrotóxicos. Além do desemprego no campo, o modelo usa extensas áreas de monocultura, o que  provoca a morte da vida selvagem e, consequentemente, da biodiversidade.

A Central Única dos trabalhadores, através da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar –(FETRAF-BRASIL/CUT) defende um sistema de produção sustentável, que priorize o meio ambiente e a vida.

A coordenadora da Fetraf/Minas, Elza Ilza Simões de Souza, explica que os sindicatos e a CUT estão na luta pela agricultura sustentável, mas, se não houver apoio amplo de parlamentares, a transição pode levar muitos anos.

Deputados da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara abraçaram recentemente a causa. Eles divulgaram um relatório que defende maior integração na fiscalização do uso de agrotóxicos no país, controle da notificação de doenças relacionadas ao uso dos produtos, além de avanço na pesquisa e assistência técnica para a produção agroecológica.

O deputado Padre João, relator da Comissão, diz que um país como o Brasil, com abundância de terra fértil, água e com tantos experimentos na produção agroecológica, conseguirá alimentar os 200 milhões de brasileiros e, ainda ‘dar uma grande contribuição para todos os outros continentes na produção de alimentos sem contaminação que vão garantir saúde e vida para o povo’.

f120712alfaceAgroecologia, a agricultura vista com outros olhos

Em contraposição às lavouras tóxicas, aumentam experiências agrícolas com defensivos biológicos, vindos de organismos vivos ou de matéria-prima de fermentação. A Associação dos Produtores Rurais de Divino - entidade que representa 60 trabalhadores da Zona da Mata – aderiu à produção orgânica. Aos poucos as lavouras de café que intoxicavam o ar, o solo e as plantas dão lugar á agricultura ecológica, fertilizada com insumos naturais como o húmus retirado dos minhocários da região.  

Os trabalhadores fornecem café, feijão e hortaliças sem agrotóxico para escolas, creches e o hospital do município. “Nosso café, o Grão Divino, é um dos melhores da região e está passando pelo processo de certificação orgânica”, comemora o presidente do Sindicato, Joel Floriano de Souza. A produção ecológica, apoiada pela  Universidade Federal de Lavras e pelo Centro Tecnológico Alternativo de Minas Gerais ( CTA)  aumenta a renda dos produtores. “Tem muitas famílias tirando R$ 1.500 por mês”, conta Joel. Para Elza Ilza, da Fetraf/CUT, experiências de produção familiar orgânica como a de Divino mostram que o modelo é viável.

Nas grandes cidades também despontam  alternativas, como a horta orgânica da comunidade Ipê Amarelo, em Contagem. O Programa de Agricultura Urbana e Familiar criado pela Prefeitura, em 2010, reforça as ações do Programa Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no município. É com experiências como essas que o governo federal pretende que o país chegue a 2014 com 300 mil famílias envolvidas no cultivo agroecológico, incluindo projetos em assentamentos de reforma agrária,  como os do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.

Fonte: SINDIELETRO MG

Patrus faz primeira promessa ao eleitorado

O candidato do PT quer criar o Planejamento Participativo, ampliando o OP, implantado no mandato dele como prefeito em 1993 e que tem sido defendido também pelo adversário


Daniel Camargos -
Publicação: 13/07/2012 06:00 Atualização: 13/07/2012 08:59

Patrus Ananias e o vice, Aloisio Vasconcelos, realizaram a primeira reunião com o conselho político da campanha  (jackson romanelli/em/d.a press)
Patrus Ananias e o vice, Aloisio Vasconcelos, realizaram a primeira reunião com o conselho político da campanha


O candidato Patrus Ananias (PT) apresentou nessa quinta-feira uma das suas propostas de campanha: a criação do Planejamento Participativo. “Precisamos ir além do Orçamento Participativo (OP) implantado em Belo Horizonte, o Planejamento Participativo”, explicou Patrus, durante a primeira reunião do conselho político, que se encontrará quinzenalmente para definir os rumos da campanha. O OP tem sido a maior polêmica da disputa até o momento. Enquanto integrantes do PT acusam o prefeito Marcio Lacerda (PSB) de ter reduzido o programa, o candidato à reeleição contra-ataca, dizendo que os petistas lotados na PBH boicotam o OP.

“Não quero fazer uma campanha em torno de polêmicas, mas com propostas”, afirma Patrus. O candidato explica que a ideia é incentivar a participação da população em assuntos como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual, que, na análise do candidato, direcionam o orçamento da capital. “O orçamento é feito com base nessas leis”, reforça.

Além disso, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome considera importante que a população participe das decisões dos planos setoriais de diversas áreas da cidade, como saúde, educação, cultura e mobilidade urbana, e os planos de desenvolvimento regional. “Em todas essas áreas há uma perspectiva de pensar no futuro da cidade e é fundamental a mais ampla participação popular”, acredita o candidato.

Enquanto Patrus buscou apresentar propostas, coube ao vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) o papel de atacar Lacerda. “Quem ficou três anos e meio sabotando a participação popular não pode dizer que vai fazer agora. Isso é uma tentativa desesperada”, atacou, se referindo à declaração do prefeito de que petistas estariam minando o OP.

Patrus entende que o uso de recursos tecnológicos para envolver a população no debate é importante, entretanto considera essencial a presença da população nas discussões. “O OP faz parte da construção de consensos e para isso é fundamental o debate público, que as pessoas se encontrem nas plenárias e grandes assembleias populares”, avalia.

De acordo com o candidato, quando esteve na prefeitura, entre 1993 e 1996, foi estabelecido um “marco divisório” e todos os governos seguintes vieram com a marca da sua administração. “Agora temos uma situação melhor, com recursos do governo federal, principalmente, com programas como o Bolsa-Família e o Minha casa, minha vida”, aponta o candidato, que foi o titular da pasta responsável pelo Bolsa-Família no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Reunião
A reunião do Conselho Político foi desfalcada de dois dos principais nomes: o senador Clésio Andrade (PMDB) e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT). A participação de ministros, segundo orientação do Planalto, está restrita aos horários de folga. O conselho, que conta com integrantes de todos os partidos que apoiam a candidatura de Patrus, conta também com deputados estaduais, federais e líderes dos partidos. Integrantes do PMDB relataram a insatisfação do partido, pois esperavam mais participação na campanha. O deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) é um dos coordenadores.

Fonte: ESTADO DE MINAS

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cautela diante dos números da primeira pesquisa de intenção de votos em BH



Isabella Souto -
Leonardo Augusto -
Publicação: 12/07/2012 06:00 Atualização: 12/07/2012 09:02


Os dois principais candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte – Marcio Lacerda (PSB) e Patrus Ananias (PT) – preferiram a cautela ao comentar ontem o resultado da primeira pesquisa realizada pelo Instituto EMData, que mostrou uma disputa apertada na capital mineira. E adotaram discurso semelhante: os números revelam um momento. O levantamento feito com 600 pessoas entre os dias 8 e 10 apontou que 34% dos entrevistados pretendem votar no atual prefeito, enquanto 29% preferem o petista. A margem de erro foi de quatro pontos percentuais para mais ou para menos e o registro no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) recebeu o número MG00136/2012.

Marcio Lacerda creditou o percentual de votos obtidos na pesquisa pelo seu adversário a uma intensa exposição na mídia nos últimos dias. Isso porque somente no dia 30 o PT decidiu ter candidato próprio para a Prefeitura de Belo Horizonte. Em convenção, foi aprovada a indicação do atual vice-prefeito, Roberto Carvalho, mas já no dia seguinte o nome de Patrus começou a ser defendido pela direção estadual e nacional da legenda. Na quinta-feira passada Roberto Carvalho, que já havia protocolado o pedido de registro de candidatura do TRE-MG, oficializou sua desistência em benefício do colega de partido. As articulações políticas em torno do assunto ganharam várias páginas dos jornais.
“Nosso espírito é sempre começar do zero, e nosso oponente teve uma exposição muito grande nos meios de comunicação nos últimos dias. Confiamos muito é nos altos índices de aprovação que nós temos”, afirmou. A pesquisa EMData mostrou que 63% dos entrevistados aprovam a gestão de Marcio Lacerda, que é desaprovada por 25% e indiferente para outros 11%. De acordo com o prefeito, a propaganda eleitoral de rádio e televisão será o melhor espaço para mostrar aos eleitores tudo o que foi feito durante os três anos e meio que está à frente da prefeitura. “Não temos agenda oculta e caixas-pretas. Somos uma gestão transparente”, argumentou.

Patrus Ananias preferiu manter certo distanciamento do resultado do levantamento divulgado na edição de ontem do Estado de Minas. “A esta altura (da vida pública) tenho experiência razoável em campanhas eleitorais. Pesquisas mostram momento, mas não as valorizo além da importância que têm. Há uma caminhada longa pela frente. É importante consolidar, ampliar a nossa campanha. Pesquisas podem mudar”, afirmou. Ao mesmo tempo, comentou o que acredita serem os motivos que o levaram a alcançar o resultado positivo na pesquisa. “Mostra nossa presença em Belo Horizonte, política, social, humana, e a presença das forças políticas e sociais que nos apoiam”, disse.

Fonte: ESTADO DE MINAS