Hoje as decisões são tomadas apenas em gabinetes, exemplo disso foram as intervenções para a Copa do Mundo como os chamados BRTs que serão implantados apenas para beneficiar as grandes empresas de transporte sem nenhuma discussão com a população. Todos os que atuam na área que a solução para o tranporte público com qualidade seria a verdadeira implantação do Metrô em BH.
Vamos lutar por isso!
Para reflexão, leia abaixo matéria veiculada no Blog do Marco Aurélio Rocha em 04 de outubro de 2011:
Metrô de BH: O mais caro do mundo?
Os
jornais de hoje trazem matérias sobre as obras de expansão do Metrô de
Belo Horizonte, inclusive propaganda da PBH sobre o assunto.
O
governo federal durante a última visita da presidenta Dilma a BH,
anunciou a liberação de R$ 1 bilhão do Orçamento da União para as obras
de ampliação.
Segundo
informações de matéria do jornal Hoje em Dia, Lacerda esteve ontem em
Brasília no Ministério do Planejamento para “conhecer detalhadamente os
projetos desenvolvidos pela CBTU em todo o país” e o montante liberado
chegaria a R$ 3,16 bilhões. No site do Ministério do Planejamento não
tem nenhuma notícia sobre a visita do prefeito, mas sim uma visita de
uma missão do BID para conhecer o PAC em detalhes. Será que ele pegou
carona no evento do BID? Tomara que tenha se deslocado por vôo
comercial...
A propaganda da PBH publicada no jornal O Tempo de hoje diz que serão “quase 2 bilhões de reais
para a ampliação da linha 1 e a construção das linhas 2 e 3”.
Caro
internauta, os últimos capítulos da novela Metrô de BH estão com
informações bastante desencontradas, os números não batem de jeito
nenhum.
Cada
vez fica mais claro para este blogueiro que este modelo de Metrô, com
as características geográficas, topográficas e geológicas de nosso
Estado, é inviável para Belo Horizonte.
Segundo
fontes deste blog e geólogos consultados, a linha 3 por exemplo, que no
site da CBTU ainda consta como tendo seu início na Barragem da Pampulha
indo até a Savassi, mas que nas informações da PBH será da Lagoinha até
a Savassi, num total de cerca de 4 km, por meio de túneis subterrâneos,
é totalmente inviável. Através de sondagens feitas e afirmações dos
especialistas o caminho que o metrô teria que percorrer da Lagoinha até a
Savassi, é todo compreendido de rochas, água e minério numa
profundidade de no mínimo 100 metros.
Em se confirmando os estudos dos geólogos, aí que os números da verba destinada para o metrô, é que não fecham a conta mesmo!
Não
adianta querer importar o modelo de metrôs europeus para BH, o solo
europeu é completamente diverso do nosso, a começar da imensa quantidade
dos nossos recursos hídricos.
A
média histórica mundial para a execução de linhas de metrô, é em torno
de R$ 150 milhões por Km, em São Paulo a média por km é de 100 milhões
de dólares. A linha 3 do Metrô de BH nas condições descritas, para
escavar pura rocha, água e minério, chegaria ao preço absurdo e
astronômico de R$ 1 bilhão por km, levando o trecho Lagoinha/Savassi nos
seus 4 km a um total de R$ 4 bilhões! Seria o metrô mais caro do mundo!
Estamos
no início do século 21, é inconcebível que com toda a tecnologia de
nosso século, ainda estarmos prisioneiros de uma tecnologia do século
19. Quem sabe a proposta do “aerometrô” chinês não seria a solução para
Belo Horizonte?
Minas
Gerais e Belo Horizonte não precisam do metrô mais caro do mundo,
precisamos sim, de uma mobilidade urbana com mais qualidade.
Por Marco Aurélio Rocha