domingo, 5 de agosto de 2012

Cerco fechado a imóveis de risco em BH

Defesa Civil mapeia áreas comprometidas em BH e notifica donos, que terão que fazer obras antes do período chuvoso


Landercy Hemerson -
Publicação: 05/08/2012 07:12 Atualização:

Em janeiro, dois prédios de dois andares e dois blocos desabaram no Bairro Caiçara devido às fortes chuvas que caíram na capital (Cristina Horta/EM/D.A Press %u2013 29/3/12)
Em janeiro, dois prédios de dois andares e dois blocos desabaram no Bairro Caiçara devido às fortes chuvas que caíram na capital


Donos de imóveis em situação de risco em Belo Horizonte serão notificados para que adotem medidas de prevenção antes do começo do período chuvoso. A informação é do coordenador da Defesa Civil Municipal, Alexandre Lucas Alves, que diz que já foram mapeadas mais de 100 áreas privadas na cidade que necessitam de intervenções. “Se for preciso, vamos acionar o Ministério Público para que determinem a adoção dessas medidas. Queremos minimizar ao máximo os impactos das chuvas.” Belo Horizonte e pelo mais quatro cidades mineiras estão entre as 300 do cadastro nacional dos municípios mais suscetíveis a desastres naturais, em fase de implantação pelo Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec) e Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil (Conpdec).

Entre outubro de 2011 e março deste ano, Belo Horizonte sofreu com enchentes, principalmente nas regiões Norte, Noroeste e Oeste. O desmoronamento total ou parcial de edificações foi outro problema enfrentado no último período chuvoso na capital mineira e, ao contrário de anos anteriores, os imóveis afetados não estavam em áreas de risco em vilas e favelas, mas a maioria em bairros de classe média. No Caiçara, Noroeste de BH, uma pessoa morreu e outra ficou ferida na queda de um edifício de dois andares e dois blocos, que já vinha apresentando problemas estruturais. No Buritis, Oeste, um prédio desabou e outro teve que ser demolido depois que o terreno cedeu.

De acordo com Alexandre Lucas, em Belo Horizonte há edificações antigas de maior porte, que dependem de manutenção. “Já concluímos um levantamento em que aparecem mais de 100 imóveis em situação de risco. São áreas privadas e a responsabilidade pelas intervenções é dos proprietários. O processo de vistoria e notificação é uma constante da Defesa Civil”, explicou o coordenador. Segundo ele, o apoio do Ministério Público será em relação aos proprietários que têm se omitido na realização dos reparos necessários e preventivos.

Atenção
Com relação à inclusão de Belo Horizonte no cadastro nacional dos municípios mais suscetíveis a desastres naturais, Alexandre Lucas disse que o procedimento considera as estatísticas. Como a Defesa Civil Municipal mantém atualizados os comunicados de ocorrências, isso contribui para que a cidade receba uma atenção especial do Sinpdec. O coordenador avalia como positiva essa inclusão, principalmente em relação à liberação de recursos para colocar em prática os programas de prevenção. Além da capital, fazem parte da listas as cidades mineiras de Contagem e Betim, na região metropolitana, Ouro Preto, na Região Central, e Juiz de Fora, na Zona da Mata.

Em Minas Gerais, mais de 239 cidades decretaram estado de emergência durante o último período chuvoso, segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Foram mais de 106 mil pessoas desalojadas e 9,5 mil desabrigadas. Durante os temporais, 20 pessoas morreram e uma ficou desaparecida. Quase 24 mil casas foram danificadas pelas chuvas no estado.

Fonte: ESTADO DE MINAS

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