Críticas aos rumos da campanha »
Segundo ele, o governo federal não discrimina ninguém
Juliana Cipriani -
Publicação: 18/08/2012 07:36
Atualização: 18/08/2012 09:12
O ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e candidato
do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, Patrus Ananias, criticou ontem o
que chamou de “judicialização” da campanha e rebateu a nova denúncia
apresentada pelo partido do seu principal adversário, o prefeito Marcio
Lacerda, o PSB, ao Ministério Público Eleitoral contra a presença do
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em ato da campanha petista.
Segundo Patrus, o governo federal nunca discriminou ninguém, e faltou
foi liderança ao atual prefeito para buscar os recursos disponíveis para
resolver os problemas da capital. Patrus disse ainda que, quando estava
à frente do ministério, sua pasta financiou os programas sociais da
gestão do então governador tucano Aécio Neves.
“A situação da
saúde em BH é muito ruim, o que mostra que a liderança do atual prefeito
foi omissa em muitas questões. Certamente poderíamos ter avançado
mais”, afirmou Patrus, emendando que essa e outras questões poderiam ter
sido agilizadas se houvesse “empenho maior”. Os vereadores do PSB
entraram com uma ação ontem alegando que Padilha teria dito que o
ex-ministro, se eleito, teria prioridade para receber recursos do
Ministério da Saúde. Em reunião com representantes do setor no sábado,
Padilha afirmou que há verba para reforma de unidades de saúde
disponível desde 2011 e que o candidato petista terá como prioridade
usá-la.
Patrus disse conhecer bem a presidente Dilma Rousseff e o
ministro Padilha para afirmar que nunca houve discriminação a nenhum
governo ou prefeitura em função de partido. O petista acredita, porém,
que em uma eventual gestão sua as parcerias serão reforçadas. “É claro
que quando o prefeito tem os mesmos compromissos sociais, as mesmas
prioridades que a presidente, quando o prefeito exerce a sua liderança,
elabora projetos, procura recursos e faz parcerias, claro que os espaços
de cooperação entre governo municipal e federal podem crescer. A base é
comum para todos”, afirmou.
Patrus não perdeu a oportunidade de
alfinetar o senador Aécio Neves, primeiro a sair em defesa de Lacerda e a
criticar a participação de Padilha na campanha. “Quando ministro do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome repassávamos R$ 4 bilhões para o
governo de Minas, basicamente financiando todas as políticas sociais do
estado. Sempre fizemos isso. Discriminar governos por razões
partidárias é discriminar a população”, afirmou.
Antes de se
reunir com a coordenação política da campanha, o candidato evitou
comentar a decisão da Justiça Eleitoral de liberar as imagens da
presidente Dilma na propaganda eleitoral de Lacerda, mas voltou a
criticar a relação “esquizofrênica” dos adversários com ela. “De um lado
questionam, entram com processo contra o ministro, e de outro querem
usar a imagem da presidente. É uma questão que eles têm que resolver,
essa relação de amor e ódio”, disse.
Patrus afirmou que as
pesquisas, que o colocam atrás de Lacerda, estão dentro da previsão e
que a campanha está crescendo, mas descartou subir o tom da campanha.
Para ele, o programa de rádio e televisão dará mais visibilidade e
ampliará o contato com os eleitores. Além dos compromissos políticos, o
candidato deu palestra sobre direitos humanos a alunos de direito da PUC
Minas, onde é professor licenciado.
Fonte: ESTADO DE MINAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário